Objetivo da Vale é se tornar a maior do mundo, diz Agnelli

A Vale, que ontem aposentou o “Rio Doce” de sua logomarca, ocupa hoje a segunda posição no ranking mundial de mineradoras, por valor de mercado. Mas, se depender dos planos do presidente da companhia, Roger Agnelli, ela não deve se estabilizar nessa posição.

Sem traçar uma data, o executivo foi enfático ao afirmar que o objetivo é não deixar a atual líder, a anglo-australiana BHP Billiton, se distanciar da Vale no ranking – a BHP vale hoje US$ 202 bilhões, enquanto o valor de mercado da Vale é de cerca de US$ 160 bilhões.

“Temos um dos melhores ativos de mineração do mundo. Ninguém vai abrir muita distância. (…) Temos o compromisso de nos tornarmos a melhor e maior mineradora do mundo”, afirmou o executivo, durante a apresentação da nova logomarca da companhia. Com uma cerimônia no Forte Copacabana, no Rio de Janeiro, para funcionários da empresa, a Vale mostrou a marca, que reproduz a letra “V” estilizada nas cores verde e dourado.

Segundo Agnelli, a Vale detém um volume grande de reservas, todas de excelente qualidade. “Não vejo problema em sonhar em ser a número um. Nós somos persistentes”, brincou. No início deste mês, a BHP Billiton fez uma proposta de compra da também anglo-australiana Rio Tinto, a terceira maior empresa do setor – com valor de mercado de cerca de 150 bilhões. A Rio Tinto, porém, rejeitou a oferta.

Esta semana, na França, Agnelli descartou a possibilidade de entrar na disputa pela mineradora. A explicação, segundo o presidente, é que, assim como a Vale, a Rio Tinto tem ativos muito concentrados no segmento de minério de ferro, onde a companhia brasileira não tem interesse em adquirir novas reservas – a Vale já ocupa a liderança mundial desse segmento.

O executivo aproveitou para traçar um cenário positivo para a mineração mundial e confirmou a tendência de alta para o preço do minério de ferro em 2008. “A tendência do preço é de alta”, disse. Mas o tamanho desse aumento, segundo Agnelli, ainda será decidido na mesa de negociação”, afirmou.

O maior desafio agora, observou, é buscar um equilíbrio entre a forte demanda registrada na Ásia e o crescimento mais moderado no Ocidente. “Como conseguir negociar um preço global com tamanha disparidade? O desafio é negociar um preço que seja bom”, disse Agnelli.

Mudança O diretor de Assuntos Corporativos da Vale, Tito Martins, informou que a empresa vai investir cerca de US$ 50 milhões nos próximos quatro anos para implementar a nova logomarca da mineradora. Martins admitiu que a mudança vai exigir um trabalho grande, visto que a companhia atua em vários países e diversos continentes. “É um investimento que estamos fazendo para integrar todas as áreas da companhia. Um investimento que já está no orçamento deste e do próximo ano”, afirmou.

Agnelli lembrou que essa é a primeira vez que uma empresa brasileira adota uma marca global para suas atividades. “A Vale é brasileira, mas também é resultado da globalização.” Segundo ele, a escolha do nome Vale teve inspiração no fato de ser curto e fácil identificação e fixação para o público.

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