CBA prevê maior uso do alumínio em ônibus e carreta

Vantagem é menor peso do material, diz empresa, líder em carrocerias. Por oferecer ampla capacidade de reciclagem, garantir redução de peso do veículo e diminuir o índice de emissões de poluentes, a aplicação de alumínio tem espaço para crescer na indústria automobilística, principalmente no segmento de material de transportes, onde o consumo de alumínio totalizou 148,6 mil toneladas em 2003 – em 2002 o consumo foi de 143 mil toneladas – , garantindo 22% de participação no mercado total do setor, segundo a Associação Brasileira do Alumínio (Abal).

”No primeiro trimestre deste ano o setor de transporte aumentou sua fatia para 24%”, diz Luís Carlos Loureiro Filho, diretor de vendas, da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), empresa do grupo Votorantim. ”E a perspectiva de aumento do consumo de alumínio neste setor é grande em razão da necessidade de se reduzir o peso dos veículos para aumentar a capacidade de carga”. O alumínio pesa um terço menos que o aço.

De todo o segmento de transporte, é no de fabricante de carrocerias de ônibus que a CBA tem o seu maior negócio. Neste mercado, que consome 12 mil toneladas de alumínio por ano, a sua participação é de 82%. ”Das seis grandes encarroçadoras de ônibus fornecemos para cinco e a Marcopolo é o nosso principal cliente, com parceira de mais de 30 anos”, diz Loureiro. Cada ônibus consome em média 550 quilos de alumínio e a estimativa da CBA, segundo Luigi Lombardi, gerente de vendas do setor de transportes, é que o consumo suba para 700 kg em 2005. No setor de implementos rodoviários, que consome 8 mil toneladas por ano a CBA tem 50% de fatia e seus principais clientes são a Facchini e a Randon.

Já no mercado de automóveis, que consome cerca de 120 mil toneladas por ano, a participação é de 30%. Neste setor o alumínio está presente nos radiadores e condensadores, pára-choques, defletores de calor, rodas, cilindros de freios, estruturas de bancos, blocos de motor e pistões. No Brasil, o consumo médio de alumínio por automóvel é de 42 quilos, muito abaixo da Europa, que consome em média 90 quilos, e Estados Unidos, que é de 120 quilos. A expectativa da CBA é que os carros passem a consumir de 10 a 15 quilos a mais em cinco anos. ”Montamos um comitê para apresentar nossos projetos de alumínio às montadoras”, disse Lombardi.

Antecipação de investimentos

Com a perspectiva de expansão deste mercado, a CBA já antecipou seus investimentos ao destinar US$ 100 milhões até 2005 para a área de laminação. A meta é ampliar em 70% a fabricação de laminados e ganhar fôlego para incrementar suas vendas no Brasil e exterior. A quantia envolve a aquisição de novos equipamentos de laminação para produzir 170 mil toneladas por anos de chapas e 60 mil toneladas anuais de folhas.

Hidrelétricas próprias

Com fábrica instalada na cidade de Alumínio (SP), município entre Mairinque e Sorocaba, a CBA se posiciona entre as maiores empresas mundiais do setor e a única no mundo a operar com a fábrica totalmente integrada, que faz num mesmo local, desde o processamento da bauxita até a confecção de produtos finais, como lingotes, tarugos, placas, chapas, folhas, perfis, cabos de energia e outros.

A empresa tem sua política de desenvolvimento baseada na auto-suficiência de energia elétrica, o mais caro insumo utilizado na fabricação de alumínio. Atualmente a CBA tem 13 hidrelétricas em funcionamento que geram cerca de 60% da energia que consome. Mais três usinas vão entrar em operação em 2006.

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