Aço Villares já opera novo bloco laminador

A Aços Villares iniciou oficialmente a operação de novo bloco laminador na Usina de Pindamonhangaba, São Paulo. Em teste desde fevereiro, o projeto recebeu investimento de US$ 18 milhões – sendo 50% financiados por bancos e o restante pela fabricante italiana do laminador Danieli – e até o final do ano deve aumentar em 10 mil toneladas a produção mensal de barras e bobinas de aço da empresa, atualmente de 35 mil toneladas.

A empresa agora negocia o valor da fabricação e implantação de bloco calibrador que entraria em operação em janeiro de 2006 na usina, encerrando ciclo de investimentos de R$ 400 milhões, iniciado no ano 2000 com a aquisição do controle acionário da Aços Villares pela espanhola Sidenor.

Produção 20% maior

De acordo com o diretor de Construção Mecânica da Aços Villares, João Bosco Martinelli, o novo bloco aumentará a produção em 20% em comparação a 2003. “O mercado interno está pressionado e temos recebido muitas encomendas de forjarias e do setor de autopeças. Por conta disso reduzimos o volume de exportações de 22% em 2000 para 12% em 2003. Agora teremos capacidade para atender a todos”, disse Martinelli.

Com a venda da subsidiária Villares Metals para a Bohler-Uddeholm em março deste ano, a venda de aços especiais não planos para a construção mecânica passou a responder por 85% do faturamento da empresa, contra 15% da parte de cilindros para laminação. A expectativa é de que a receita bruta com a venda desses produtos salte de R$ 1,166 bilhão no ano passado para R$ 1,7 bilhão em 2004. O faturamento bruto global da Aços Villares em 2003 foi de R$ 1,95 bilhão e a receita líquida de R$ 1,646 bilhão, com a venda de 621 mil toneladas de aço.

A entrada em operação do bloco possibilitará a otimização de outros investimentos realizados na aciaria, entre eles um forno panela e lingotamento contínuo, bem como as linhas automáticas de acabamento e inspeção. A produção se destina principalmente a fábricas de autopeças, que usam o aço na fabricação de suspensões, motores, transmissões, caminhões, ônibus, tratores e máquinas agrícolas.

O novo laminador foi construído pela fabricante de equipamentos italiana Danieli, uma das financiadoras do projeto e com quem é negociada a construção do bloco calibrador para barras. “O calibrador permite dar melhor qualidade à superfície das barras e maior tolerância dimensional”, explica Martinelli. Segundo o executivo ele significará um incremento de mais 30 mil a 35 mil toneladas produzidas pela Aços Villares anualmente. A capacidade instalada da Usina de Pindamonhangaba para a produção de aço bruto para a construção macânica passa a ser de 720 mil toneladas por ano.

“Esse ano pretendemos elevar a produção de 500 mil toneladas para 620 mil toneladas e, até 2007, chegar a 750 mil toneladas. O objetivo por enquanto é manter nossa liderança nesse mercado com a concretização desses investimentos”, diz Martinelli. Hoje a participação da Aços Villares no mercado de aços para construção mecânica, onde compete com a Aços Finos Piratini, do Grupo Gerdau, é de 60%. Já na área de cilindros de laminação a participação é de 83%. A Aços Villares manterá investimentos complementares em suas outras duas usinas, em Mogi das Cruzes e Sorocaba.

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