Manutenção: manter em ação

Por Armando Marsarioli Filho*

Manutenção: manter em açãoA manutenção, de uma forma geral, sempre esteve presente, desde a antiguidade, ainda que em muitos casos tenha passada despercebida em grande parte de sua existência, seja para manter afiadas as armas durante as batalhas ou operativos os equipamentos bélicos.

A história conta que começou a ser conhecida com o nome de Manutenção, por volta do século XVI na Europa central, juntamente com o surgimento do relógio mecânico, quando surgiram os primeiros técnicos em montagem e assistência. Ganhou mais volume e importância ao longo da Revolução Industrial e tornou-se imperativa, durante a Segunda Guerra Mundial, pois os exércitos tiveram que desenvolver procedimentos para garantir o desempenho das armas, veículos, aviões, etc.

Na reconstrução pós-guerra, Alemanha, Inglaterra, Itália e Japão tornaram-se referências mundiais em padrão de produtividade, por haverem baseado o desempenho industrial no modelo de engenharia e manutenção utilizado durante a guerra.

Com o advento do capitalismo e, consequentemente, a necessidade da produção massiva dos produtos, a disputa pelos mercados, a pressão crescente dos prazos de entrega, tornou-se imprescindível para as empresas a implantação de um modelo de produção altamente competitivo, com garantias de padrão de qualidade do produto final.

Juntamente com tal cenário, surgiu a necessidade de prevenir as falhas repentinas das máquinas e equipamentos. Podemos, desde então, definir Manutenção como um conjunto de procedimentos técnicos indispensáveis ao funcionamento regular e permanente das máquinas, equipamentos, ferramentas e instalações. A Manutenção em uma empresa visa manter os equipamentos e máquinas em condições de pleno funcionamento para garantir a produção planejada, a qualidade dos produtos e o prazo de entrega conforme prometido aos clientes.

De maneira geral, a Manutenção se divide em dois tipos: a Não-Planejada e a Planejada.

A Manutenção Não-Planejada classifica-se em duas categorias: a de Ocasião e a Corretiva. A Manutenção de Ocasião consiste em fazer os reparos quando a máquina se encontra parada por questões de falta de produção, etc. A Manutenção Corretiva envolve procedimentos de reparação quando uma máquina sofre uma parada repentina, normalmente, durante um processo produtivo.

A Manutenção Preventiva consiste em um conjunto de procedimentos que se antecipam às falhas de um equipamento, baseado em um histórico preventivo, determinado, normalmente, pelo fabricante de tal equipamento. Exemplo: Devemos trocar o óleo do motor de nosso carro a cada dez mil quilômetros.

A Manutenção Preditiva é um tipo de ação preventiva baseada no conhecimento das condições de cada um dos principais componentes das máquinas. Inspeções periódicas, tais como Análise de Vibrações, Análise de Lubrificantes, etc., são efetuadas para se determinar a época adequada para substituições ou reparos dos componentes, eliminando as falhas repentinas e, consequentemente, baixando o custo da parada.

O TPM (do inglês Total Productivity Maintenance), ou Manutenção Produtiva Total, tem como objetivo aumentar consideravelmente a produtividade e, ao mesmo tempo, o moral dos Colaboradores e sua satisfação no trabalho, pois coloca ênfase na manutenção como parte vital dos negócios, porque é considerada como atividade com fins lucrativos. O tempo de parada para manutenção é agendado como parte da rotina de fabricação e, em alguns casos, como parte integrante do processo produtivo. O objetivo é baixar ao mínimo as manutenções de emergência e não planejadas.

O TPM tem como principais objetivos: evitar desperdícios, produzir mais sem reduzir a qualidade, reduzir custos, sustentabilidade e respeito ao meio-ambiente, além de que, os produtos enviados aos clientes, sejam internos ou externos, não podem conter defeitos.

A Manutenção com o objetivo de “Manter em Ação” no máximo da produtividade é nosso grande desafio para garantir a lucratividade de nossos processos de produção, maximizando o investimento de ativos.

*Armando Marsarioli Filho é Diretor Geral do Instituto Nacional da Manutenção – INAMAN

O INAMAN, Instituto Nacional da Manutenção, foi fundado em junho de 2010 e tem como objetivo principal a formação e atualização de profissionais da área da manutenção, com foco no desenvolvimento pessoal e aumento da competitividade profissional para o mercado nacional e internacional.

A metodologia adotada obedece ao modelo de Gestão e Desenvolvimento Contínuo de Competências, com um programa de formação personalizado, elaborado de acordo com o nível de conhecimento pessoal e dos objetivos apontados em seu Plano de Desenvolvimento Profissional, qual é elaborado no início do programa e através de reuniões individuais com cada participante.

A instituição conta com o Departamento de Alocação Profissional (DAP), cuja finalidade é rastrear as necessidades de profissionais de alto gabarito do setor da manutenção, por empresas do mercado nacional e internacional. Conduzir os procedimentos e orientações desde a fase de recrutamento e seleção até a assinatura do contrato de trabalho, além de manter uma constante assessoria técnica e orientações comportamentais, visando o cumprimento dos objetivos ora formalizados no Plano de Desenvolvimento Profissional.

Contatos:

armando.marsarioli@inaman.com.br
www.inaman.com.br

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