Crise no Egito afeta indústria de petróleo e gás

Crise no Egito afeta indústria de petróleo e gásA BG Group e a Statoil interromperam os trabalhos de perfuração offshore no Egito após o sexto dia de protestos contra o regime do presidente Hosni Mubarak, o que afetou bastante a indústria de petróleo e gás no país.

A Apache Corporation, que teve cerca de um terço de sua receita de produção obtida no Egito em 2009, disse que seus escritórios do Cairo foram fechados hoje, 1º de fevereiro. A BP, a maior empresa investidora estrangeira no Egito, faz planos para evacuar as famílias de trabalhadores expatriados, assim como Real holandesa Shell Plc, a Schlumberger e a Transocean, que já começou a retirar seu pessoal do local de conflitos.

O barril de Brent, no mercado de futuros de Londres, está valendo hoje US$ 100,55. Esta é a primeira vez que o valor ultrapassa os US$ 100 desde outubro de 2008. Isso aconteceu devido aos motins anti-governo poderiam fechar o canal de Suez e os gasodutos paralelos, que juntos podem transportar mais de 4 milhões de barris diários de petróleo. O Egito tem a terceira maior reserva de gás e a sexta maior reserva de petróleo da África, representando por volta de 12% do produto interno bruto (PIB).

“A verdadeira preocupação do ponto de vista da indústria de petróleo e gás é o risco de instabilidade política estendendo-se para outras partes do norte da África”, relataram os analistas do banco de investimentos Merrill Lynch por meio de relatório.

Plataforma offshoreO Egito produziu 742 mil barris diários de petróleo e 62,7 bilhões de metros cúbicos de gás em 2009, segundo dados da BP. Em comparação, a Arábia Saudita, maior exportador mundial de petróleo, produziu 8.400.000 barris de petróleo por dia em janeiro deste ano, segundo estimativas da Bloomberg.

A Eni, maior companhia italiana de petróleo, deverá repatriar 250 trabalhadores e suas famílias que estão no Cairo, informou a agência de notícias Ansa, sem citar fontes. Já a
Schlumberger, maior petrolífera provedora de serviços de campos petrolíferos do mundo, e a Diamond Offshore Drilling Inc., maior empreiteiro de perfuração offshore dos Estados Unidos, disseram que ambas estão transferindo alguns trabalhadores e suas famílias, que atualmente ficam baseados no Egito.

A Transocean, dona da maior frota mundial de sondas de perfuração offshore, informou que está tomando precauções para proteger seus funcionários moradores da capital egípcia e da Alexandria, disse Guy Cantwell, porta-voz da empresa com sede em Vernier, na Suíça.

Suspensão das atividades offshore

A Transocean conta com cinco plataformas que operam em águas egípcias, incluindo as plataformas que estão no contrato com a Statoil, por um valor de 486.000 dólares ao dia. A transferência da tripulação offshore também foi suspensa porque os serviços de vôo de helicóptero tiveram que ser interrompidas. A BG comunicou que a produção continua inalterada no Egito e que continua seguindo com as operações de gás natural liquefeito, apesar de os trabalhos de perfuração estarem temporariamente suspensos.

A Shell informou em comunicado que alguns dos funcionários pertencentes às equipes superiores e essenciais permanecem no Egito. “Estamos em contato com todos os nossos funcionários no Egito, que foram aconselhados a permanecer em casa”, disse a empresa.

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