Em 2011, indústria automobilística bateu recordes mundiais

Em 2011, indústria automobilística bateu recordes mundiaisA indústria automobilística tem muito a comemorar em 2011. Há 125 anos, os alemães Carl Benz e Gottfried Daimler inventaram o automóvel. Além disso, foi um ano de recordes. Nunca antes tantos carros foram vendidos em todo o mundo.

Na própria Alemanha, em particular, as grandes montadoras se beneficiaram da forte demanda por carros novos. A Volkswagen tem como objetivo agora substituir a americana General Motors como a maior fabricante mundial de automóveis.

Mas a concorrência não está morta. A Hyundai-Kia, da Coréia do Sul, está correndo por fora, e embora a Toyota continue a batalha com os efeitos secundários do terremoto e do desastre nuclear do início do ano, a gigante automobilística japonesa continua a ser um poder da indústria automobilística e espera bater recorde de venda em 2012.

“(2011) vai ser o ano mais lucrativo para as montadoras e fornecedores de peças automobilísticas em 125 anos”, disse Ferdinand Dudenhöffer, diretor do Centro de Pesquisa Automotiva da Universidade Duisberg-Essen. “Isso significa que as montadoras alemãs, como a VW, a BMW e a Daimler devem fechar o ano com resultados incríveis, vendendo mais veículos do que nunca e entrar no novo ano com um lucro considerável”.

Para 2011, Dudenhöffer disse que espera que cerca de 60 milhões de veículos novos sejam vendidos no mundo. O analisa da indústria Frank Schwope, do banco estatal alemão NordLB, espera ainda mais. Ele colocou o número em 80 milhões, citando estatísticas da Organização Internacional de Fabricantes de Veículos Motorizados.

Este ano, a GM deve ficar em primeiro lugar na lista de maiores fabricantes do mundo, vendendo cerca de 9 milhões de carros. A Volkswagen fecha 2011 em segundo lugar, com 8 milhões, seguida pela ex-líder de mercado Toyota, com cerca de 7 milhões.

O fabricante japonês, no entanto, tem lutado com problemas de qualidade e as conseqüências de catástrofes como o terremoto e acidente nuclear em seu próprio país e as inundações na Tailândia, onde importantes plantas de produção e fornecedores estão localizados. “A Toyota foi um competidor visivelmente ferido este ano”, disse Dudenhöffer.

Por outro lado, a Volks está chegando perto de alcançar seu objetivo de se tornar a montadora líder no mundo. O fabricante já é um número na Europa, e seus modelos Golf, Passat e Polo são os três veículos mais vendidos na Alemanha atualmente. O grupo Volkswagen, que inclui as marcas Audi e Porsche, tem uma cota de mercado de 37%.

Enquanto Schwope diz que vê Volks e GM lutando pelo primeiro lugar ao longo dos próximos dois anos, o analista do mercado automotivo advertiu contra subestimar concorrentes como Toyota, Renault /Nissan e Hyundai-Kia. Ele disse que fabricantes chineses também podem entrar no ringue em breve.

Mas Schwope questionou se o objetivo de se tornar a maior montadora do mundo vale a pena o esforço.

“É, em primeiro lugar, um título de prestígio, mas você precisa perguntar aos consumidores se eles necessitam comprar um carro feito pela maior montadora do mundo, de produção em massa”, disse ele.

Mais importante que o tamanho é a rentabilidade, especialmente no próximo ano, quando o boom deve pasar, disse Schwope.

Na Europa, 2012 deve ter entre 300 mil e 400 mil vendas novas a menos e o mercado dos EUA também não deve crescer. As vendas de carros devem continuar a subir na China, mas não com o crescimento de dois dígitos dos últimos anos devido a problemas internos como a inflação.

Em 2011, indústria automobilística bateu recordes mundiaisMas isso não vai impedir que as grandes montadoras lutem por um pedaço do gigantesco mercado chinês, onde a corrida do ouro continua. Para fazer uma comparação: a Alemanha espera encerrar o ano com cerca de 3 milhões de registros de carros novos, em comparação com 14 milhões na China. E em 2017, mais de 28 milhões de novos veículos devem estar rodando nas estradas e avenidas chinesas.

Modelos de luxo se beneficiam dessa boa fase da economia chinesa. Nos primeiros três trimestres deste ano, a Mercedes vendeu mais de 135 mil veículos na China, 33% a mais que no mesmo período do ano anterior. Até setembro, a BMW vendeu mais de 177 mil unidades, um aumento de 46% sobre o mesmo período em 2010. E a Audi, que é a líder de mercado premium na China, aumentou as vendas em 3%, para 226 mil.

Mesmo que o ritmo de crescimento na China diminua, o mercado continua longe da saturação, de acordo com especialistas. “A China tem mais de 1,3 bilhão de pessoas. Se você aplicar padrões ocidentais, que correspondem a 555 automóveis por 1.000 pessoas, a China precisaria de mais de 600 milhões de carros”, diz Schwope.

Esse número é cerca de 10 vezes a produção mundial em 2011. Não só representa um potencial gigantesco, como também deixa clara a necessidade de desenvolver motores que consumam menos combustível e emitam menos dióxido de carbono.

Não surpreendentemente, os carros elétricos tornaram-se uma grande tendência na indústria automotiva.

Dudenhöffer apontou 2011 como um ano histórico para a indústria automobilística também por causa de seus avanços em carros elétricos. Pela primeira vez, veículos elétricos entraram no mercado como item de produção de massa.

Embora a sua cota de mercado ainda seja relativamente pequena, ela existe agora. Essa é a boa notícia. No entanto, alguns obstáculos permanecem: os carros elétricos continuam caros demais e as suas capacidades de bateria são muito limitados, restringindo as distâncias que podem viajar sem recarga.

Em 2011, analistas esperam que as vendas de carros elétricos em todo o mundo fiquem entre 70 mil e 80 mil. Eles tiveram que abaixar as projeções iniciais de 100 mil devido aos problemas no Japão, que impediram os fabricantes locais no seu trabalho de desenvolvimento dos carros e baterias.

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