Norte de Minas terá nova siderúrgica

Grupo Sada vai investir R$ 140 milhões em complexo industrial que incluirá o plantio de florestas. Um grande complexo industrial será construído no Norte de Minas Gerais pelo grupo Sada, do empresário e deputado federal pelo PSDB de Minas, Vittorio Medioli. Uma siderúrgica, uma fábrica de fundição para montagem de autopeças, uma termelétrica e uma indústria de biodiesel, além de uma floresta planejada com 24 mil hectares, irão absorver R$ 140 milhões de investimentos até 2009. A cidade de Bocaiúva, a 369 quilômetros de Belo Horizonte e situada na área da Sudene, foi o local escolhido para o empreendimento. A previsão é que pelo menos o primeiro forno da siderúrgica, com capacidade anual de 80 mil toneladas, entre em operação no segundo semestre de 2005.

Os eucaliptos começaram a ser plantados em março e já ocupam uma área de 4,6 mil hectares nas imediações da cidade de Itamarandiba. A floresta , segundo Medioli, irá consumir investimentos de R$ 7,5 milhões por ano e abastecerá a siderúrgica do grupo, além de fornecer madeira também para a indústria moveleira.

O município de Bocaiúva colocou a disposição uma área de 200 hectares para a edificação das indústrias, que terão 80% da produção voltada para o mercado externo. Serão duas unidades a serem integradas ao grupo, a Sada Siderurgia, que abrigará a produtora de ferro-gusa e a fundição, e a Sada Bioenergia e Agricultura, que terá inserida a floresta industrial, a termelétrica e a produtora de biodiesel e o biomassa, que terá como matéria-prima a mamona. Para este último empreendimento, o aporte previsto é da ordem de R$ 20 milhões.

Captação de recursos

Italiano de nascimento, mas morando no Brasil desde muito jovem, Vittorio Medioli acredita que serão criados 3,2 mil empregos diretos quando todas as unidades entrarem em operação, ‘sem contar oito mil indiretos’, disse. Os recursos a serem aplicados serão 50% próprios e outros 50% captados no mercado financeiro, principalmente no Banco do Nordeste, que possui linhas de crédito para empreendimentos na região da Sudene. ‘Eles têm as melhores condições’, atesta.

O deputado não descarta a parceria com grupos estrangeiros no empreendimento, que poderão ser firmadas durante o processo de instalação ou após, com venda de participações. Do valor de R$ 140 milhões, R$ 20 milhões serão aplicados na primeira fase da siderúrgica, que terá um alto-forno de 80 mil toneladas de capacidade por ano, que deve ser inaugurado no segundo semestre de 2005.

A previsão é que outro alto-forno esteja instalado em 2009, elevando para 200 mil toneladas/ano a capacidade total. Junto com a usina termelétrica, que será abastecida pela emissão de gases do alto-forno, mais R$ 24 milhões serão injetados na segunda fase do projeto.

A siderúrgica irá fornecer ferro-gusa líquido diretamente para a fábrica de fundição, antes mesmo de passar pelo processo de lingotamento, o que agiliza e traz redução de custo para a empresa. A meta é exportar 80% das autopeças fabricadas, principalmente para os mercados da Europa, Estados Unidos e Argentina. A previsão de Vittorio Medioli, que está em seu quarto mandato de deputado federal, é que R$ 24 milhões sejam injetados nesta unidade e mais R$ 8 milhões na usinagem.

Grupo conta com 10 empresas

O grupo Sada, com faturamento previsto de R$ 700 milhões para este ano, já possui dez empresas sediadas em Minas Gerais, entre elas a Sada Logística, que faz o transporte rodoviário, via cegonhas, de veículos da Fiat Automóveis, e a Sempre Editora, que entre outros publica o jornal O Tempo, um dos principais diários de Minas Gerais. O grupo atua também no transporte marítimo de veículos para exportação, no setor de fundição e fabricação de autopeças e, também, na revenda de automóveis Fiat e caminhões Iveco, dentre outras atividades.

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