Superando o recorde de participação de empresas com 2.500 expositores, termina nesta quinta-feira (5), em Houston, a Offshore Technology Conference (OTC). Os impactos para o desenvolvimento offshore em águas profundas no Golfo do México após o acidente no campo de Macondo foi destaque nas apresentações.
A OTC 2011 reuniu cerca de 2.500 expositores de mais de 110 países. A estimativa de visitantes foi de aproximadamente 60 mil. Durante a feira foram apresentados 300 papers técnicos pelas empresas participantes. Questões relacionadas a avaliação de risco, segurança da perfuração, desenvolvimento energético e respostas para vazamentos no desenvolvimento de futuros projetos de óleo e gás foram os temas abordados nas sessões técnicas.
A OTC também premiou 15 inovações tecnológicas. Entre as empresas premiadas estiveram a Baker Hughes, Halliburton, SBM Offshore, Schumberger e Weatherford International.
Delegação brasileira
De acordo com a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), a delegação brasileira, composta por cerca de 1.500 integrantes, foi a terceira maior presente ao evento, atrás apenas de Reino Unido e China. Em 2010, foram 1.270 e em 2009, 883 participantes.
Este ano o Pavilhão Brasil, contou com 33 empresas expositoras, sendo que 18 delas participam pelo terceiro ano consecutivo. A delegação brasileira é composta, entre outras, por empresas como Chemtech, FAP; Flexomarine, Keppel Fels, Lupatech, Metroval, Schulz; Stemac e WEG. Além das empresas, estão presentes no Pavilhão Brasileiro a ABEMI – Associação Brasileira de Engenharia Industrial, a ANP – Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e Rio Negócios, Agência oficial da cidade do Rio de Janeiro responsável por atrair novos investimentos.
Pré-Sal
Por mais um ano, a apresentação da Petrobras sobre o desenvolvimento da produção no pré-sal brasileiro e perspectivas para o futuro dos projetos na área foi uma das mais concorridas do evento, com cerca de 500 espectadores.
Ontem, o gerente executivo do pré-sal, José Formigli apresentou um breve histórico dos principais marcos da fase de exploração e avaliação do pré-sal, de 2000, quando seções sísmicas 2D já sinalizavam potenciais reservatórios na área do pré-sal da Bacia de Santos, até 2010 com a incorporação das áreas de cessão onerosa.
"Não poderíamos ter avançado neste projeto da forma convencional, desenvolvendo a produção individualmente. Precisávamos de uma visão global dos projetos, a partir de um planejamento de alto nível", informou Formigli, sobre o plano diretor do polo pré-sal da Bacia de Santos, o Plansal, criado em 2008.
Segundo ele a estatal hoje produz mais de 100 mil barris de petróleo por dia no pré-sal das bacias de Campos e Santos e até 2020 a produção destas áreas deve corresponder a um quarto do total produzido pela Petrobras. Formgli ressaltou as tecnologias de última geração que estão sendo concebidas para viabilizar o desenvolvimento da produção, dentre elas destacou a utilização de nanopartículas - que injetadas no reservatório poderão monitorar o fluxo de petróleo-; além de novas soluções de processamento submarino e perfuração a laser.
De acordo com Formigli, até 2015, a Petrobras e seus parceiros pretendem investir US$ 73 bilhões no pré-sal da Bacia de Santos.
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