Fundição brasileira cresceu mais que a líder China

Um dos raros segmentos no mundo a apresentar crescimento superior ao dos chineses, o setor de fundição brasileiro evoluiu 43% entre 2002 e 2004, posicionando-se em 7º lugar no ranking mundial de produção. No mesmo período, a líder China cresceu 37,9%.

A produção de fundidos no Brasil ultrapassou a de países como Itália e França, passando de 1,9 mi t/ano em 2002 para 2,8 mi t/ano em 2004, exercício em que o setor apresentou seu melhor desempenho. De acordo com Roberto João de Deus, secretário executivo da Abifa (Associação Brasileira de Fundição), em 2005 a produção desacelerou significativamente, mas permaneceu em rota ascendente, registrando crescimento de 4,9%. “Neste ano, deverá se situar na faixa entre 3,5 e 4%”, afirmou ele, em sua apresentação na abertura do VI Seminário de Fundição, dia 20, na sede da ABM, em São Paulo (SP).

O economista apresentou resultados parciais do ‘Estudo Setorial sobre Fundição no Brasil 2004-2006’, que a Abifa está desenvolvendo em parceria com a Cetec, Sociesc, IPT, UFRN e UFRJ, com o apoio financeiro da Finep.

Com a conclusão deste trabalho, prevista para abril de 2007, a indústria de fundição brasileira terá uma importante ferramenta para alavancar sua competitividade no mercado global.

“Nosso objetivo é fazer um diagnóstico do perfil produtivo e tecnológico do setor, que concentra 1.264 empresas, 92% delas de pequeno e médio porte”, explica João de Deus. “Com os dados, vamos buscar fortalecer o setor, promovendo a exportação e a geração de empregos”.

Com exportações crescentes a taxas de 11,2% ao ano, o setor contribui para que a balança comercial brasileira atinja resultados positivos: em 2005 as vendas externas ultrapassaram US$ 1 bilhão.

O estudo aponta que as exportações representam o segundo mercado para as peças fundidas brasileiras, perdendo apenas para o setor automobilístico interno que absorve 53% da produção. Em terceiro lugar vem a indústria de bens de capital, com 13%. A siderurgia, que já foi muito forte em consumo de peças fundidas, na época do lingotamento convencional, representa hoje apenas 5% dos clientes das fundições nacionais.

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