Captação dos fundos de investimento cresce 30% no semestre

A indústria brasileira de fundos teve uma captação líquida de R$ 50,9 bilhões no semestre, valor 30,2% superior ao captado no período de janeiro a junho do ano passado. Os melhores meses para os fundos de investimento foram os quatro primeiros. Até abril, as captações somavam R$ 51,2 bilhões. Em maio, a indústria encolheu – com resgates superiores às aplicações – e, em junho, fundos de investimentos brasileiros tiveram um crescimento tímido de R$ 1,6 bilhão, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Os fundos preferidos dos investidores em 2011 foram os de renda fixa, cujas aplicações somaram R$ 358 bilhões. Quando subtraídos os resgates (de R$ 306 bilhões), essa categoria terminou o semestre com uma captação líquida de R$ 52 bilhões. O destaque dos fundos de renda fixa foi o segmento Poder Público. De acordo com a Anbima, a alta dos juros favoreceu as aplicações de renda-fixa. A taxa básica brasileira, Selic, está atualmente a 12,25% ao ano.

No final de junho, o patrimônio dos fundos de renda fixa era de R$ 540 bilhões, 30% do total da indústria, que atingiu R$ 1,8 trilhão. O segundo maior patrimônio era da categoria Multimercados, com R$ 390 bilhões, depois de ter encolhido em R$ 30 bilhões durante o semestre. Os fundos do grupo Referenciado DI somavam R$ 219 bilhões, seguidos pelos fundos de Previdência, com R$ 206 bilhões, e os de Ações, com R$ 182 bilhões.

Rentabilidade

Os fundos de renda fixa também foram os que tiveram a melhor rentabilidade nos primeiros seis meses do ano. Em média, subiram 5,92%, segundo a Anbima.

Em seguida, com o segundo melhor retorno ficaram os fundos da categoria Multimercados Juros e Moedas. Já os fundos que investem em ações tiveram os piores desempenhos. O grupo Ações Ibovespa Ativo, formado por fundos que acompanham o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, acumulou uma baixa de 6,40% até junho. No mesmo período, o índice perdeu 9,96%.

A indústria brasileira é composta por 10.777 fundos de investimentos, 84 adminstradores e 423 gestores. Em junho, foram abertos 88 novos fundos, enquanto 8 foram encerrados.

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