Abimaq quer abrir escritórios na América do Sul

Em 2007, os países vizinhos do Brasil na América do Sul importaram quase US$ 20 bilhões em bens de capital, dos quais apenas US$ 3,5 bilhões foram exportados por fabricantes instalados no Brasil. Na avaliação da Abimaq, a participação brasileira nesse mercado poderia ser bem superior. “São US$ 16,5 bilhões que estão em outras mãos”, diz Luiz Aubert Neto, presidente da Abimaq. “Se levarmos em conta que entre os nossos vizinhos não existe outro país com um setor de bens de capital tão representativo quanto o nosso, fica mais crítica ainda a nossa participação, estamos somente com 15% desse mercado”.

Para melhorar a participação brasileira nas importações de bens de capital dos demais países da América do Sul, a entidade está estudando a possibilidade de abrir escritórios regionais na Argentina, Chile e na Venezuela. “Queremos transformar a Abimaq, juntamente com a Apex e a CNI, numa agência de negócios para nossos associados”, destaca. Para Aubert, o objetivo da entidade é o de aumentar entre 30 e 40% as exportações do setor para os países vizinhos.

Essa postura está em linha com estudo divulgado recentemente pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) “Os interesses empresariais brasileiros na América do Sul”. Segundo esse estudo, o Brasil precisa ter uma estratégia mais agressiva no setor de serviços na América do Sul, assim como aumentar a promoção comercial para vender produtos nos países vizinhos. Revisar os acordos bilaterais, além de aprofundá-los, deve ser a estratégia das negociações internacionais brasileiras, para aumentar a presença das empresas nacionais na região.

O estudo, disponível em formato PDF na página da entidade na internet (www.cni.org.br), foi dividido em três partes: serviços, comércio de bens e investimentos diretos do Brasil na América do Sul. O documento mapeou os interesses das empresas nos três setores em todos os países da região, classificando-os como consolidados, ameaçados, potenciais e emergentes. De acordo com o mapeamento, será possível traçar a estratégia de negociação com os vizinhos tendo em vista os interesses das empresas brasileiras em cada um dos países, para cada um dos setores.

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