Alemã Schulz vai construir duas fábricas de tubos no RJ

A alemã Schulz Gmbh, fabricante de tubos e conexões de aço inox, fará no Brasil o seu maior investimento fora da Alemanha. Por meio da controlada Schulz América Latina, a empresa vai investir R$ 75 milhões na construção de duas fábricas em Campos dos Goitacazes, no norte fluminense. O projeto consiste na construção de uma fábrica de conexões com capacidade de produzir 600 mil peças por ano e na instalação de uma unidade de produção de tubos com costura que processará 5 mil toneladas anuais. Os dois produtos são elaborados em aço inox e ligas resistentes à corrosão e tem como principal aplicação a indústria de petróleo e gás.

Marcelo Bueno, diretor da Schulz América Latina, diz que existe a possibilidade de a Schulz aprovar um terceiro projeto para o Brasil. Em janeiro, a empresa alemã deve tomar a decisão de instalar uma fábrica de tubos de aço inox sem costura, também em Campos (RJ), em investimento de R$ 80 milhões. O fornecedor do aço para os tubos sem costura seria a Villares Metais. Para os tubos com costura, o aço deverá ser fornecido pela Acesita, disse Bueno.

Wolfgang Schulz, presidente da Schulz Gmbh, afirmou que a empresa decidiu investir no Brasil porque acredita no futuro do país. A escolha pelo Rio considerou o fato de a indústria de petróleo e gás estar concentrada no Estado. O projeto da Schulz também contou com incentivos do governo do Estado e do município de Campos, que financiarão parte do investimento. O grupo, de controle familiar, tem duas fábricas em operação na Alemanha, uma na Malásia e passará a ter duas no Brasil, a partir do ano que vem. As vendas da Schulz são de 200 milhões de euros por ano.

Bueno, diretor da subsidiária para a América Latina, disse que o investimento inicial de R$ 75 milhões será dividido em dois: R$ 44 milhões na fábrica de conexões, que começará a operar no fim deste ano, e R$ 31 milhões na fábrica de tubos com costura, cuja produção deverá começar no fim de 2007. A unidade produzirá tubos com diâmetro entre 8 e 42 polegadas, aplicados à indústria offshore, material que hoje é importado.

Nas conexões, o plano consiste em vender um terço da produção no mercado brasileiro de petróleo e gás. Cerca de 20% das peças serão comercializadas em projetos de refinarias, petroquímicas e unidades de papel e celulose no Brasil. Para o restante das conexões, a Schulz tem contrato de compra garantida para abastecer o centro de distribuição da empresa nos Estados Unidos. Nos tubos com costura, 20% a 25% servirão como matéria-prima para as conexões, 40% serão exportados para outras unidades do grupo e percentual semelhante atenderá a demanda de projetos offshore no Brasil.

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