ArcelorMittal adia investimentos no Brasil

ArcelorMittal adia investimentos no BrasilA ArcelorMittal, maior produtora de aço do mundo, divulgou hoje comunicado que a queda na demanda no segundo semestre, com embarques e preços ainda menores no quarto trimestre, levou a empresa a suspender alguns planos de investimentos. O Brasil é um dos países afetados pelo corte.

A companhia siderúrgica, que produz entre 6% e 7% de todo o aço do mundo, adiou os planos de aumentar duas instalações da ArcelorMittal no Brasil: os projetos de aço de Vega do Sul (SC) e de expansão de produção de fio-máquina em Monlevade (MG). Ambos tiveram seus prazos de entrega como “pendentes”, segundo o anúncio da empresa, que não vai manter os investimentos de 5,5 bilhões de dólares no país.

Segundo a empresa, as vendas de aço carbono plano nas Américas caíram 1,2% no terceiro trimestre em relação ao segundo, para 5,5 bilhões de dólares, “principalmente por preços médios de venda 5,3% menor no México e Brasil”. Além disso, a produção da empresa nas Américas foi menor no período, por conta de consumo de estoques no Brasil e demanda mais fraca.

A ArcelorMittal afirmou que os clientes estão mais cautelosos por causa das incertezas da economia, como o risco de recessão na Europa e nos EUA, além de um possível crescimento mais lento da China.

“Estamos vendo um declínio nos embarques, quando comparados ao terceiro trimestre. Claramente, a queda é menor nos embarques na Europa do que na América do Norte”, disse o vice-presidente financeiro, Aditya Mittal. Para ele, os mercados na Ásia, África, antiga União Soviética e Brasil estão se sustendando melhor peranta a crise.

“Os preços estão ficando menores porque, depois da maior incerteza econômica global, os clientes tomaram uma postura de ‘esperar para ver’, o que significa que não estão dispostos a estocar”, disse.

A companhia, com sede em Luxemburgo, na Europa, viu o índice Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação, em inglês) cair 29% em relação ao segundo trimestre, para 2,41 bilhões de dólares, no piso da faixa de previsão da companhia.

A ArcelorMittal prevê que o crescimento no consumo de aço no mundo vai cair para 5 por cento em 2012, contra 7% previstos para 2011, com EUA e União Europeia vendo a expansão cair para 5% e 1%, respectivamente, e a China diminuindo o ritmo de 8,5% em 2011 para 5% no próximo ano.

(com informações da Revista Veja e Reuters)

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