Bahia e RS disputam a nova fábrica da Toyota

Os Estados da Bahia e Rio Grande do Sul estão travando uma batalha. O objetivo: atrair a terceira fábrica da Toyota no País. Comentários sobre a possível terceira unidade da montadora japonesa no País existem há cerca de dois anos. Recentemente, a direção da filial brasileira esteve no Japão para tratar de investimentos, tanto para o aumento da produção do Corolla, em Indaiatuba, quanto para a nova unidade.

Segundo diretores da filial brasileira, primeiro é preciso vencer a concorrência de outros países interessados na nova unidade: China, Índia e Rússia. A direção mundial da Toyota, dizem os diretores da filial, estão bastante satisfeitos com o desempenho da marca no Brasil. No último semestre a montadora apresentou recorde de vendas, com 29.202 veículos comercializados, contra as 26.228 unidades do primeiro semestre de 2005, com crescimento de 11%. A fábrica também produziu mais: 29.835, 6,8% a mais do que o mesmo período em 2005.

O Rio Grande do Sul saiu na frente. Ainda no ano passado, o Estado recebeu o Centro de Distribuição da Toyota. O governador Germano Rigotto, aliás, já visitou a matriz da montadora. Além de incentivos fiscais – similares aos oferecidos pela Bahia, segundo a imprensa -, o Estado oferece à Toyota o terreno de mil hectares em Guaíba que havia sido oferecido à Ford, que acabou optando justamente pela Bahia.

Já a Bahia também oferece terreno em Camaçari, com toda a infra-estrutura já instalada e próxima da fábrica da Ford, o que significa proximidade com a cadeia de fornecedores de autopeças, incluindo fábricas de pneus. “A Bahia possui posição geográfica estratégica em relação ao mercado nordestino”, acrescenta o presidente da Fieb (Federação das Indústrias do Estado da Bahia), Jorge Lins Freire. Guaíba, por sua vez, fica próxima a Gravataí, sede da fábrica da GM e de várias empresas de autopeças.

Com a nova fábrica, a Toyota planeja saltar dos atuais 3,6% do mercado brasileiro para 10%. “Aqui no Brasil esperamos que a marca possa medir forças com as quatros grandes montadoras, GM, Ford, Volkswagen e Fiat”, disse, em janeiro de 2006, Tokuichi Uranishi, vice-presidente executivo de operações internacionais da Toyota Motor Corporation, durante a posse do novo presidente da empresa para o Mercosul, Shozo Hasebe.

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