Carência do mercado faz Ciser abrir fábrica

A Cia Industrial H. Carlos Schneider (Ciser), que é a maior produtora de porcas e parafusos da América Latina, inaugurou neste fim de semana, na região metropolitana de Belo Horizonte, a sua segunda unidade industrial, que será voltada exclusivamente para atendimento à demanda da indústria automobilística.

A fábrica está localizada no município de Sarzedo, a menos de 20 quilômetros de linha montagem da Fiat Automóveis, situada no município vizinho de Betim e que será, inicialmente, o seu principal cliente. O investimento foi de R$ 40 milhões realizado antes mesmo de ser aprovado o pleito de financiamento de R$ 16 milhões, apresentado ao Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Dirigentes de órgão de fomento do governo mineiro informaram que o empréstimo será concedido, assim que instituição receber o repasse do BNDES.

“Tivemos que construir rapidamente a fábrica para atender aos apelos da indústria automobilística”, informou o presidente da companhia, Carlos Rodolfo Schneider. A empresa atualmente produz fixadores em sua unidade localizada em Joinville (SC) para 18 mil clientes no País, entre os quais se destacam as indústrias de eletrodomésticos, de construção civil, de móveis, além do agronegócio e torres de transmissão energética.

A empresa também exporta para 20 países e a sua produção exige o consumo mensal de quatro mil toneladas de aço, adquiridas basicamente do grupo Gerdau. Segundo o presidente da companhia, as montadoras lhe solicitaram freqüentemente a ampliação do seu fornecimento para a indústria automobilística que, até então era uma atividade inexpressiva na Ciser.

O setor se queixava de que a indústria nacional de autopeças não estava preparada para atender a explosiva expansão da produção de automóveis, que teve de recorrer à importação. Com a inauguração da unidade mineira, a Ciser pretende atender a toda a cadeia do setor automotivo, no Brasil e na América Latina. No empreendimento, a indústria catarinense contará com apoio tecnológico e participação acionária minoritária do grupo holandês Nedschecep, que enviou o seu dirigente ao Brasil, Tom Van Strien para discutir a sua presença no capital da nova fábrica.

Embora se dedique exclusivamente à produção de fixadores, sua linha de produção alcança 15 mil itens, pois fornece parafusos para uma gama imensa de produtos, desde pequenos equipamentos eletrônicos até gigantescos navios transatlânticos. Segundo informou o dirigente, um automóvel pequeno como o Palio, utiliza 16 quilos de fixadores. A empresa será operada por 200 empregados. O grupo Schneider atua em vários setores e tem 130 anos de atividades no país. A fábrica de fixadores completa 50 anos em 2009.

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