Empregos: indústria e construção criam 85% das vagas paulistas em janeiro

SÃO PAULO – Os setores de indústria e construção civil responderam por 85% dos novos postos de trabalho criados no mês de janeiro no estado de São Paulo. A informação é do Observatório do Emprego, cujos dados foram divulgados nesta quarta-feira (3) pela Sert (Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho).

De acordo com o levantamento, no primeiro mês do ano, o mercado de trabalho paulista criou 51.159 novas vagas formais, o que corresponde a 28% dos 181.419 postos gerados em todo o Brasil.

Das 15 regiões administrativas que compõem o território paulista, somente quatro registraram extinção de vagas, sendo elas: Barretos (-2.713), Central (Araraquara e São Carlos), com saldo negativo de 2.207 postos, Presidente Prudente (-1.032) e Marília (-104). Quanto aos melhores desempenhos, estes foram verificados na região Metropolitana de São Paulo (+30.788), Campinas (+8.294), Ribeirão Preto (+4.802) e Sorocaba (+4.243).

“Os números de janeiro indicam dinamismo no mercado de trabalho paulista, com mais emprego e salários em alta”, analisa o secretário estadual do Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif Domingos.

Altas e baixas

O setor que mais gerou emprego em janeiro foi o da indústria de transformação, com 29.005 vagas. Em seguida, vieram os setores de construção (+14.589) e atividades administrativas e serviços complementares (+8.935).

Dessa forma, em termos de ocupação, os maiores saldos positivos foram verificados em ajudantes de obras civis (+6.100 vagas), alimentadores de linhas de produção (+5.619) e trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações (+3.084).

Por outro lado, os segmentos de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-11.809) e administração pública, defesa e seguridade social (-1.313) foram os que mais tiveram perdas de vagas no primeiro mês do ano.

Salários

No que diz respeito ao salário, em janeiro, os trabalhadores admitidos nas cidades paulistas receberam, em média, R$ 968, valor 5,5% maior em relação a dezembro do ano passado e 2,3% superior ao mesmo período de 2009.

Em termos de valores, o maior salário foi registrado na região Metropolitana de São Paulo (R$ 1.076) e, o menor, na de Barretos (R$ 140). Já o maior aumento salarial foi encontrado em São José dos Campos (+12,5%), sendo que 11 das regiões pesquisadas tiveram acréscimos salariais em janeiro.

Das quatro regiões onde o salário médio diminuiu, a redução mais acentuada ocorreu em Registro: -7,4%.

Pressão salarial

Por fim, a pressão salarial, relação entre as remunerações médias dos trabalhadores admitidos e dos desligados, ficou em 0,99 no estado de São Paulo em janeiro, o que significa que o salário médio dos contratados foi praticamente igual ao de quem saiu do emprego, sendo que as remunerações têm exatamente o mesmo valor, quando a pressão salarial é um.

As regiões Central (1,06), Franca e Marília (ambas com 1,05) foram as que apresentaram maiores níveis de pressão salarial no período analisado. São José do Rio Preto ficou com o menor resultado: 0,97.

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