Fissão nuclear: entenda o que é

Fissão nuclear: entenda o que éApós as explosões em três usinas nucleares no Japão desde o dia 11 de marco, quando ocorreram fortes tremores de terra e um consequente tsunami, que arrasou inúmeras cidades na costa litorânea japonesa, muito se tem discutido sobre os riscos de acidentes nucleares e sobre a importância da fissão nuclear para a geração de energia, especialmente pelos impactos negativos que isso causaria à população, caso haja mais vazamentos de vapor radioativo.

Em primeiro lugar, é importante entender o que é a fissão nuclear. Fissão nuclear é a divisão do núcleo do átomo, criando assim dois produtos com cerca de metade da massa do átomo original. Durante o processo de fissão nuclear, alguns nêutrons também são liberados, além haver dissipação de uma quantidade substancial de energia. A fissão nuclear é considerada o processo físico responsável por todos os tipos de geração de energia, incluindo a utilizada em armas nucleares e usinas de geração de energia nuclear.

A fissão nuclear é muitas vezes confundida com a fusão nuclear. Considerando que o núcleo dos átomos é dividido pelo processo de fissão, na fusão nuclear ocorre o contrário, o núcleo é unido. Contudo, ambas as técnicas podem criar uma quantidade substancial de energia. Resumindo: A fissão nuclear é um processo que cria múltiplos núcleos em um único átomo. A fusão nuclear é o oposto, onde vários átomos estão se unindo para criar um núcleo mais pesado.

Fissão nuclearHá uma série de elementos que podem ser utilizados na fissão nuclear, mas o mais comum é o urânio. Este material é popular por uma série de razões diferentes, mas dois dos mais importantes motivos é que este elemento é bastante abundante na terra, mas não são todos os isótopos de urânio que são fáceis de dividir. O isótopo mais comum do urânio para produção de energia nuclear é chamado de U-235. Além do U-235, o plutônio é outro elemento muito utilizado para a produção de energia nuclear em plantas atômicas.

Para efeitos de geração de energia nuclear, o urânio enriquecido é algo necessário, com uma quantidade de, aproximadamente, 2 a 3 por cento de U-235. Para criar a fissão nuclear, o material deve ser coletado. Um nêutron livre é, então, “atirado” em direção ao núcleo do átomo. O isótopo U-235 absorve um nêutron em seu núcleo, mas isso faz com que a delicada estrutura do núcleo torne-se instável. Então, este núcleo se divide quase que imediatamente. Os nêutrons libertados no processo provocam a liberação de energia.

Alguns problemas com a fissão nuclear surgem principalmente a partir de partículas radioativas que estão presentes após o material ser dividido. A radiação emitida pode apresentar níveis tão altos que isso prejudica os tecidos vivos, causando câncer e outros males, como deformações e até mesmo levando à morte.

Após os últimos acontecimentos no Japão, envolvendo os vazamentos de vapores radioativos provocados pelo superaquecimento em reatores, que foram atingidos pelas ondas gigantes após um terremoto de 8.9 pontos na escala Richter, uma grande discussão tomou conta dos países, principalmente no que tange à construção ou à manutenção de usinas de energia nuclear em todo o mundo. Agora, autoridades de vários países europeus se questionam se é mesmo válido continuar mantendo as usinas em operação. Caso não haja mudanças de planos, o que se pensa é em elaborar novos planejamentos de segurança nuclear. No Brasil, onde há duas usinas em Angra dos Reis (RJ) em atividade (Angra I e Angra II), ainda há expectativas de construção de mais quatro plantas nucleares.

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