Gerdau compra usina nos EUA

Empresa vai investir US$ 170 milhões e passará a deter 15 usinas semi-integradas na região. O grupo Gerdau, por meio de sua subsidiária na América do Norte, a Gerdau Ameristeel, anunciou a compra da totalidade das ações da siderúrgica americana Sheffield Steel Corporation. A brasileira vai desembolsar US$ 170 milhões, dos quais US$ 94 milhões referentes a dívida líquida e a alguns passivos de longo prazo da Sheffield, e US$ 76 milhões aos acionistas da empresa. A operação deverá ser concluída em um prazo de 45 a 60 dias.

Localizada em Sand Springs, Oklahoma, nos Estados Unidos, a Sheffield é uma mini-mill (semi-integrada) produtora de aços longos, principalmente vergalhões e barras. A siderúrgica, que opera uma aciaria e uma laminadora em Sand Springs, Oklahoma, e uma laminadora menor em Joliet, Illinois, além de três unidades de transformação em Kansas City e Sand Springs, tem uma capacidade de produção de 600 mil toneladas de aço bruto e 550 mil toneladas de laminados.

“O negócio é mais um passo no processo da consolidação de aços longos nas Américas”, disse o vice-presidente sênior da Gerdau, Frederico Gerdau Johannpeter, que ressaltou que a Gerdau Ameristeel possui recursos financeiros suficientes para quitar os US$ 76 milhões, sem precisar recorrer a financiamentos bancários.

Com a aquisição, que aumenta em 7% a capacidade de produção do grupo na América do Norte, a Gerdau passa a deter 15 usinas mini-mill na região, além da Gallatin Steel, no Kentucky, uma sociedade com a canadense Dofasco em aços planos.

Johannpeter acredita que nos próximos anos a Gerdau estará posicionado entre as 10 maiores siderúrgicas do mundo em capacidade de produção de aço bruto. Atualmente, ocupa a 13 colocação, segundo o International Iron and Steel Institute (IISI).

Maior fabricante de aços longos do continente americano, a Gerdau já é a segunda maior fabricante de aços longos dentro da América do Norte, com participação de mercado de cerca de 25%, informou Johannpeter.

Somada às exportações a partir do Brasil, a receita das usinas no exterior representaram 61% do faturamento do grupo em 2005, que somou R$ 25,5 bilhões. “Como se diz no sul do País, estamos com as porteiras abertas para aquisições. A siderurgia mundial está se consolidando e queremos ser um dos ‘players’ dessa consolidação. Mas somos consolidadores de compra e não de venda”, disse Johannpeter, que destacou a localização (sudoeste dos EUA) da usina e disse que ela complementa toda a linha de produtos do grupo.

O executivo também destacou os preços atraentes dos vergalhões na América do Norte. “O mercado da construção civil como um todo (vergalhões, barras e perfis) está muito bom”, disse. Após a compra da participação na espanhola Sidenor, a produção do grupo no exterior já superou a produção nacional. A Gerdau tem capacidade para produzir 10,6 milhões de toneladas anuais no exterior, dos quais 8,3 milhões de na América do Norte. No Brasil, a capacidade alcança 8,5 milhões de toneladas.

Johannpeter, que informou que a empresa continua analisando a compra de ativos, inclusive na América Latina, comentou a dificuldade de ingressar como produtor no mercado asiático. “É uma cultura diferente da ocidental, tem que aprender a língua, ter sócios, e temos exemplos recentes de que o retorno tem sido baixo”.

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