Indústria cita arrefecimento e desaprova aumento de Selic

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) criticaram o aumento de 0,5 ponto percentual da taxa Selic (que agora está em 10,75%) pelo Banco Central, nesta quarta-feira. Ambas as instituições afirmaram que a economia está arrefecendo naturalmente e não carecia de mais um movimento neste sentido.

Robson Andrade, presidente da CNI, lembrou, em nota, “que os últimos dados divulgados apontam nítida desaceleração no ritmo de expansão econômica, principalmente na produção industrial, que nos últimos dois meses interrompeu o crescimento”. “Somados a isso, diversos indicadores antecedentes, como a produção e venda de veículos, produção de papel ondulado e consumo de energia elétrica confirmam o quadro de clara redução no ritmo de crescimento já no segundo trimestre deste ano”, disse.

A Fiesp ressaltou o fato do Brasil liderar o ranking dos maiores juros do mundo. “Vamos seguir defendendo o setor produtivo brasileiro. O Brasil não pode continuar entre os campeões mundiais de maiores taxas de juros. Esse título é péssimo não somente para a nossa atividade econômica, mas para toda a população brasileira”, afirma João Guilherme Sabino Ometto, presidente em exercício da Fiesp.

Para Andrade, o processo de aumento da taxa deve ser interrompido na próxima reunião. “Após a estabilidade do IPCA de junho, o IPCA-15 de julho apontou queda de 0,1%, houve redução no preço dos alimentos, principal componente de pressão inflacionária dos últimos meses. São sinais mais do que suficientes, portanto, para a flexibilização do ciclo de aperto monetário do Banco Central”, afirmou.

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