Pesquisa e inovação em petróleo e gás

inovação e pesquisa em petróleo e gásCom o potencial de exploração do pré-sal na Bacia de Santos, o Brasil deve aproveitar a oportunidade para se desenvolver em engenharia, pesquisa e inovação no setor de petróleo e gás. Esse foi o tema de um dos principais paineis realizados no segundo dia da Santos Offshore 2011.

Os especialistas presentes concordam que é necessário um esforço conjunto entre universidades, empresas e governo para estimular novidades que possam otimizar o processo de extração e produção de petróleo e gás, para o melhor aproveitamento possível dos recursos naturais.

Carlos Padovezi, do Instituto de Pesquisas Técnicas (IPT), afirmou que o setor de petróleo e gás é privilegiado por ter recursos disponíveis para desenvolvimento de tecnologia e inovação. Só na Petrobras, por exemplo, 1% do faturamento bruto anual é aplicado em pesquisas, ou seja, R$ 400 milhões. Os constantes investimentos colocaram a Petrobras entre as 40 empresas mais inovadoras do mundo.

Por esse motivo, é preciso estar sempre à frente e criar soluções para um processo complicado de extração e produção de petróleo.

“Para ser forte e importante, a indústria no Brasil precisa do domínio do conhecimento e capacitação tecnológica, para criar processos construtivos eficientes, fazer projetos de embarcações eficientes e aumentar produtividade”, afirmou Padovezi.

O professor disse, ainda, que boa parte da inovação se dá de forma contínua. “Se ganha muito fazendo pequenos ajustes no processo e detalhes do produto no dia a dia das indústrias. Às vezes, um pequeno ajuste na gestão de um processo construtivo dá um resultado importante no produto final”.

Meio ambiente

O acidente do Golfo do México, em 2010, foi um divisor de águas para a indústria do petróleo e o meio ambiente e deve ser sempre lembrado como um caso importante para o setor. “Petróleo e gás é uma indústria de risco e nós temos que estar preparados para monitorar a atividade”, apontou Luiz Landau, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Landau exemplificou projetos da UFRJ, como sensoriamento remoto para a costa e radar que identifica as correntes de óleo no mar, como pesquisas importantes para evitar que problemas com o do Golfo do México aconteçam novamente. “A Bacia de Santos está quase virgem, precisamos caracteriza-la e pesquisa-la antes do processo de produção e exploração para não repetir erros que ocorreram em Campos”.

Faltam mestres

A qualificação de profissionais de pesquisa para atuar nesse campo é um dos desafios do Brasil. Segundo Sérgio Queiroz, da Fapesp, sobram bolsas de mestrado para Engenharia. “Os engenheiros que se formam não partem para pós-graduação e vão direto para emprego, é preciso incentivar que esses profissionais se dediquem à inovação e pesquisa”,

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