Pré-sal gera impactos para a Baixada Santista

Desde as descobertas do pré-sal na região da Bacia de Santos e a conseqüente intensificação da exploração de petróleo no local já no próximo mês fazem com que autoridades locais, empresários, lideranças políticas e até mesmo os moradores já comecem a rever os planos de crescimento sustentável da região a fim de aproveitar de modo responsável a grande mudança econômica que acontecerá daqui por diante. O pré-sal gera impactos para a Baixada Santista que apresentam um lado positivo, mas também tem suas desvantagens, como já é do conhecimento de todos.

Se, por um lado, a Baixada Santista se prepara para as novas oportunidades de trabalho, mais investimentos na região em termos de lazer e turismo e mais formação de mão de obra e capacitação de profissionais, por outro lado, cidades como Santos, Praia Grande, Cubatão, Guarujá, Itanhaém e São Vicente precisam se planejar de modo adequado o grande boom imobiliário previsto para os próximos anos, especialmente após o começo das operações da Petrobras com o término da construção da primeira das três torres da empresa no bairro do Valongo, em Santos, prevista para 2013.

Ao passar pelas ruas de Santos, por exemplo, é possível perceber, sem o menor esforço, que a construção civil ganhou um forte impulso nos últimos meses. Em praticamente todos os bairros, grandes edifícios e condomínios de luxo são construídos para abrigar a população locais e os outros tantos moradores que certamente virão para a Baixada Santista em busca de novas oportunidades aliadas à boa qualidade de vida que as cidades praianas oferecem. Com esse novo panorama, a estimativa é de que a população cresça em 28,5% num período de 20 anos.

De acordo com pesquisa feita à pedido do Governo do Estado, em 2030, Praia Grande terá por volta de 466 mil habitantes, sendo apontada como a cidade que acolherá a maior população de toda a região. Atualmente, em termos de número populacional, Praia Grande fica atrás de Santos, São Vicente e Guarujá. Segundo o prefeito de Santos, João Paulo Tavares Papa, em entrevista ao jornal A Tribuna, de Santos, o crescimento mais importante da Baixada Santista não será em Santos, pois a cidade já não comporta mais tantos moradores.

O solo é escasso e, por isso, mais caro também, fazendo com que a compra ou aluguel de imóveis seja algo muito oneroso para quem está na cidade. Para Papa, isso será bom para as cidades vizinhas, que, ao receber novos moradores, precisarão investir em mais escolas, creches, comércio e serviços. Além de prever todas as mudanças na habitação, é preciso ficar atento a outros setores, como transportes, saúde, educação, trânsito, segurança, meio ambiente, porto, indústria, comércio, infra-estrutura, saneamento e distribuição de renda.

Início das operações de exploração de petróleo

Já no próximo mês terá início a exploração comercial do Campo de Tupi, com o projeto piloto que já está programado para o mês de outubro. Além disso, de acordo com as estimativas do Governo do Estado após estudos elaborados pela Comissão Especial de Petróleo e Gás Natural, a Cespeg, tudo indica que oito plataformas estarão entrando em operação até 2015 na Bacia de Santos, para os campos de Tupi, Guará, Parati, Júpiter e Bem-te-vi. O Plano de Negócios da Petrobras prevê que cerca de 49 navios de grandes porte ficarão atracados em toda a costa nos próximos dez anos.

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