Setor de autopeças não espera corte no volume de produção

O setor de autopeças não espera uma redução imediata no volume de produção da Volkswagen do Brasil. “A reestruturação anunciada pela empresa não está ligada diretamente ao corte de produção, mas ao número excedente de funcionários que ainda há no Brasil”, comentou uma fonte do setor.

A mesma fonte disse ainda que a Volkswagen não tem outra alternativa senão o fechamento de uma de suas fábricas no País. “É só fazer o cálculo sobre volume de produção para saber qual fábrica poderá ser fechada.

E a empresa só vai conseguir fazer a “lição de casa”, quando conseguir adequar o número de empregados ao seu volume de produção”.

Custo fixo

Para outro analista do setor de autopeças, o grande problema da Volkswagen é o custo fixo. “Com apenas uma fábrica a Fiat produz no Brasil 500 mil veículos por ano, enquanto a Volkswagen, com quatro unidades faz 600 mil carros por ano, isso é inviável”.

Para o consultor da indústria automobilística, André Beer, “o que deu errado para a Volkswagen foi o acordo de estabilidade fechado com os empregados. Esse foi um erro estratégico”. Segundo o consultor, as fábricas da Volkswagen estão desatualizadas em áreas em que não tem interesse de fazer investimento.

O setor de autopeças também espera que o governo mexa no câmbio e reduza a carga tributária sobre veículos. “Sem essas mudanças o mercado interno não chegará a um nível de crescimento necessário para absorver as perdas das exportações. Se crescer não passará de 1,8 milhão de veículos”, disse a mesma fonte.

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