Tintas que preservam

Tintas que preservamConstruída em comemoração ao aniversário de 258 anos da cidade, a cobertura das ruínas da igreja matriz de Vila Bela, primeira capital do estado do Mato Grosso, foi totalmente pintada com tintas WEG.

Iniciativa do Governo do Estado para a valorização e revitalização do patrimônio histórico mato-grossense, quase R$ 2 milhões foram empregados na obra, única no Brasil. Trata-se de uma cobertura de 78 x 48 m composta de vigas executadas em perfis tubulares apoiadas sobre 4 pilares de seção 6 x 6 m com altura total de 24 e 30 m, com um tapamento (cobertura e fechamento) em telhas de policarbonato com proteção contra raios UV.

Concebida de tal forma que não interferisse diretamente no visual das ruínas, porém proporcionando uma proteção contra intempéries, a cobertura é totalmente transparente, permitindo a passagem de luz natural. Projetada pela Multimetal, a estrutura tem mais de 3 mil m², 72 m de vão livre e consumiu 208 toneladas de aço, 4.651 m² de telhas e aproximadamente 40 mil parafusos.

Cerca de 2 mil litros de tinta foram utilizados no revestimento. De acordo com o analista da WEG, Ozeias Schenatz, a tinta é um epóxi poliamida, possui alto teor de sólidos por volume e baixo VOC (conteúdo orgânico volátil); tem secagem rápida, dupla função (aplicada como primer e acabamento) e conta com excelente aderência às superfícies de aço tratadas tanto manualmente quanto mecanicamente. “A obra precisava contar com um produto que proporcionasse um menor custo de manutenção aliado ao aspecto estético e a uma proteção segura. O revestimento é de alta espessura e pode ser aplicado em uma única demão, simplificando o esquema de pintura e proporcionando uma ótima proteção anticorrosiva”, diz Schenatz. Em nossa avaliação os produtos WEG preenchem totalmente esses requisitos, proporcionando um excelente custo/benefício”, completa Guilherme Lomba, sócio da Multimetal.

Aniversário de Mato Grosso

A cobertura das ruínas faz parte do projeto Fronteira Ocidental desenvolvido em Vila Bela da Santíssima Trindade, apoiado pelo Governo de Mato Grosso e coordenado pelo arqueólogo Paulo Zanettini.

A criação da capitania de Mato Grosso representou para o governo português um marco na ocupação do território sul-americano, além Tordesilhas. Por este Tratado, assinado entre Portugal e Espanha em 7 de junho de 1494, o território de Mato Grosso pertencia à Espanha. Após o avanço da conquista do território, competindo com as investidas espanholas e sendo atraídos pela descoberta de ouro, bandeirantes e aventureiros acelerando o povoamento. Assim Portugal expande seus domínios e cria a capitania de Mato Grosso em 9 de maio de 1748.

A criação de Mato Grosso enquanto unidade político-administrativa independente de São Paulo ocorre 29 anos após a fundação de Cuiabá, ocorrida em 1719. Desta forma, pode-se considerar que, oficialmente, a capital do Estado é, curiosamente, “mais velha” que ele próprio. Depois de fundada a capitania na época do Brasil colônia, Mato Grosso foi transformado em província, no período imperial, e em seguida chamado Estado, com a instituição da República. Em 2006, a data de aniversário foi resgatada e agregada ao calendário de comemorações; uma proposta do Governo do Estado com o objetivo de despertar o sentimento cívico dos mato-grossenses. Por conta disso houve a revitalização das ruínas da igreja matriz, símbolo de Vila Bela.

João Carlos Vicente Ferreira, secretário de Estado de Cultura, acredita que a obra de cobertura das ruínas, além do seu caráter preservacionista em relação ao patrimônio histórico, será de suma importância para o desenvolvimento do município, já que vai alavancar o turismo em toda a região. “Vila Bela também poderá explorar o turismo ecológico, já que está localizada no Vale do Rio Guaporé, onde é possível encontrar sinais dos três ecossistemas de Mato Grosso: Floresta, Cerrado e Pantanal.”

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