Usiminas busca consolidação

Usina estuda possíveis uniões e planeja aportes de US$ 500 milhões. A consolidação da siderurgia nacional para fazer frente aos grandes conglomerados internacionais que se formam pelo mundo por meio de fusões, aquisições e alianças, é uma idéia defendida pelo presidente do Sistema Usiminas, Rinaldo Campos Soares. Segundo ele, essa é uma tendência irreversível e, entre as possibilidades estudadas pela empresa, a considerada mais viável é uma possível fusão com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), o que daria uma alavancagem maior no setor.

”A Usiminas já fez os estudos e o melhor negócio seria a união com a CSN, pois as empresas atuam em segmentos diversificados. Mas o grande problema é como fazer o negócio”, disse Soares durante palestra ao Grupo de Intercâmbio Empresarial, em Belo Horizonte. Segundo o executivo, o governo brasileiro tem dado mostras de apoio a essa fusão. ”Há sinais políticos, principalmente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de que seria importante o fortalecimento da siderurgia nacional”.

Entretanto, conforme Soares, não existem ainda negociações entre as empresas. ”Não tem nada em pauta e cada empresa tem seu estudo. Negociação efetiva e sinalizada não existe”, afirmou. Com a consolidação das siderúrgicas, seria formada uma empresa com uma produção anual em torno de 14 milhões de toneladas de aço, capaz de se firmar em um mercado cada vez mais competitivo.

”A tendência é a consolidação. E com as empresas aumentando sua capacidade, há uma sensação de que serão mais vitoriosas aquelas que tiverem um volume maior de produção. Então, se antes falavam em uma produção de 10 milhões de toneladas, agora já se fala em 30 milhões”, afirmou Soares.

O presidente do sistema Usiminas disse ainda que a companhia realiza estudos para a ampliação da capacidade da usina de Intendente Câmara, em Ipatinga, no Vale do Aço Mineiro. Pelos planos da Usiminas serão investidos US$ 500 milhões na construção de um quarto alto-forno e uma acearia. Com os aportes, a capacidade de produção da usina chegaria a seis milhões de toneladas/ano.

A Usina de Intendente Câmara tem capacidade produtiva de 4,8 milhões de toneladas de aço bruto por ano. ”Temos aprovados os aportes em torno US$ 60 milhões para a geração de energia, e ainda este ano devemos aprovar os investimentos em coqueria e para 2005 nós vamos analisar a viabilidade”, frisou o executivo.

Quanto ao fechamento do capital da Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa) nesta semana, Soares afirmou que a operação era esperada pelo mercado. ”A Usiminas era detentora de 93% do capital da Cosipa, então era uma questão de oportunidade e de momento. A operação dará mais confiabilidade aos nossos clientes porque as políticas serão agora somatizadas”, disse.

O fechamento do capital da Cosipa demandará recursos de R$ 300 milhões. Serão negociadas 250 milhões de ações ao preço de R$1,20 cada. ”Os recursos são do caixa da Usiminas. A empresa vai pagar em cash no momento que fizer o leilão. Isso é um processo que dura três meses e os valores serão corrigidos por TR mais 6%”.

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