Vale e a Danieli Steel assinam protocolo no BNDES

A Usina Siderúrgica do Ceará (USC), parceria entre a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) e a italiana Danieli Steel, vai representar investimentos de US$ 700 milhões. O empreendimento terá aportes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Banco do Nordeste (BNB) e deve ter as obras iniciadas em outubro

‘‘Vencemos os obstáculos institucionais, como garantia de gás natural e de energia. Agora, faltam o acordo de acionistas e o projeto de engenharia’’, disse o vice-governador do Ceará, Maia Júnior. De acordo com o diretor-executivo do projeto, Giovanni Coassin, as obras devem demorar 30 meses.

A unidade terá capacidade para produzir 1,5 milhão de toneladas de chapas de aço por ano, garantindo um incremento de 7,5% na produção brasileira e de 11% nas exportações do produto. Toda a produção será voltada para o mercado externo. Coassin disse que há ainda a possibilidade de ampliação da usina, com mais US$ 600 milhões em investimentos, para a produção de 1,5 milhão de toneladas de bobinas de aço por ano.

A composição acionária ainda não foi definida. Mas estima-se que cerca de 70% estarão nas mãos dos sócios estrangeiros e o restante, com Vale, BNDES, BNB e o Estado do Ceará. Além da Danieli, o grupo coreano Dongkuk Steel faz parte do projeto.

A usina vai usar tecnologia italiana, mas o grupo comprometeu-se com o BNDES a encomendar o máximo possível de equipamentos brasileiros. Segundo Coassin, as compras no mercado local devem representar cerca de metade das encomendas. A Vale, por outro lado, terá de investir US$ 400 milhões na ampliação de sua unidade de pelotização de minério de ferro no Maranhão para abastecer a siderúrgica.

A atração de grandes siderúrgicas mundiais para o Brasil faz parte de estratégia da Vale para fidelizar os consumidores de minério de ferro. ‘‘Um cliente no Brasil é cliente preferencial da Vale’’, explicou o diretor de Novos Negócios da mineradora, Antônio Miguel. Neste sentido, a empresa negocia ainda com a chinesa Baosteel e a francesa Arcelor para o investimento de US$ 1 bilhão em uma siderúrgica no Maranhão.

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