Vendas da Kepler Weber vão subir 50% com nova fábrica

A inauguração da unidade industrial de Campo Grande (MS), programada para 19 de novembro, vai provocar um salto nos níveis de faturamento da Kepler Weber. Tomando como base as estimativas de produção física da nova fábrica e a participação do segmento de equipamentos para armazenagem de grãos sobre as receitas totais, a empresa deve atingir um volume de vendas de pelo menos R$ 550 milhões em 2005, ante R$ 322 milhões em 2003 e os cerca de R$ 380 milhões projetados para este ano.

Vendas totais não correspondem ao faturamento da Kepler devido ao período entre o pedido e a entrega do produto, explica o diretor presidente, Othon D´Eça Cals de Abreu. Mas as duas contas seguem a mesma tendência.

A nova fábrica poderá processar 50 mil toneladas de aço por ano e será dedicada à produção de equipamentos de armazenagem para o mercado interno. Com a mesma capacidade instalada, a unidade de Panambi (RS) vai se concentrar na exportação e nos demais segmentos em que a Kepler opera, como estruturas metálicas e instalações industriais e portuárias.

Segundo Abreu, a idéia já é processar 30 mil toneladas de aço no ano que vem em Campo Grande, o que permitirá dobrar a produção atual de silos e armazéns da Kepler. O segmento representa cerca de 50% do faturamento bruto da empresa, que cresceu 30,7% no primeiro semestre em comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 184,2 milhões.

Conforme o executivo, a empresa tem hoje uma carteira de encomendas suficiente para operar até outubro a 100% da capacidade da fábrica de Panambi e no mês que vem começará a vender a produção de Campo Grande, que será entregue a partir de fevereiro. A nova unidade empregará 500 pessoas e exigirá investimento total de R$ 105 milhões, sendo R$ 64 milhões financiados pelo BNDES e pelo Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste.

De janeiro a junho, a produção física da Kepler Weber cresceu 8,9%, para 28,3 mil toneladas de aço processado. A receita líquida subiu 32,3%, para R$ 162,9 milhões, enquanto as exportações deram um salto de 183% e fecharam em R$ 67,2 milhões. De acordo com o presidente, o valor inclui o faturamento de um sistema de armazenagem de grãos de US$ 18 milhões vendido à Venezuela.

O desempenho da companhia no primeiro semestre foi ainda beneficiado pelo impacto da variação cambial sobre as receitas com exportação, pelos investimentos em ganho de produtividade e pelo pagamento à vista e conseqüente redução no custo das matérias-primas. A combinação de fatores permitiu à empresa ampliar a margem bruta de 17% em 2003 para 37,1% neste ano. O lucro líquido cresceu mais de 12 vezes, para R$ 13,8 milhões.

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