Caemi fica com a parte da Vale na Pará Pigmentos

A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) vendeu por US$ 117,8 milhões sua participação acionária na Pará Pigmentos para sua controladora Caemi, consolidando assim os negócios de caulim da mineradora na Caemi, que já atua no setor através da Cadam. A Vale detinha 85,6% do capital votante e 82% do capital total da empresa. Juntas, as duas terão capacidade para produzir 1,3 milhão de toneladas por ano.De acordo com a Vale do Rio Doce, existem “significativas sinergias a serem exploradas entre a Pará Pigmentos e a Cadam, cujo valor presente estimado é da ordem de US$ 26 milhões”. Essas sinergias derivam “dos ganhos na operação e logística, avaliados em US$ 16,1 milhões, e da comercialização da linha de caulim fino e grosso, da ordem de US$ 8,2 milhões”, segundo nota da companhia.

As duas empresas produzem tipos diferentes e complementares de caulim para revestimento de papel. Além disso, estão avaliando o desenvolvimento de novos produtos derivados do caulim, fora do segmento de revestimento, a fim de ampliar o leque de ofertas a seus clientes.

A Pará Pigmentos está em processo de expansão a fim de reduzir sua ociosidade e de passar a produzir o total de sua capacidade instalada, de 600 mil toneladas por ano. Recentemente, assinou contrato com a International Paper, maior produtora mundial de papel, para o suprimento de 100 mil toneladas anuais de caulim no período compreendido entre os anos de 2005 e 2009.

Ainda de acordo com informações da CVRD, a geração de caixa estimada, medida pelo Ebitda (lucro antes de despesas financeiras, impostos, depreciação e amortização) apurado de acordo com os princípios de contabilidade dos Estados Unidos da América (Us Gaap), alcançou US$ 8,4 milhões nos primeiros seis meses do ano. O lucro líquido foi de US$ 2,8 milhões. A dívida bruta da Pará Pigmentos em 30 de junho de 2004 era de US$ 50,6 milhões, sendo a dívida líquida correspondente de US$ 45,9 milhões.

Segundo a Vale, o preço das ações da Pará Pigmentos foi determinado com base na avaliação dos bancos NM Rothschild & Sons, contratado pela CVRD, e UBS Investment Bank, contratado pela Caemi. A incorporação, no entanto, será negociada com os minoritários da Cadam – o Banco do Brasil (BB) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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