RN exporta minério para china

A exploração do minério de ferro em jazidas localizadas no Rio Grande do Norte está tomando nova dimensão com a sociedade firmada entre a Mhag Mineração e a Noble, empresa multinacional com sede em Hong Kong e atuação em 92 países. Depois da parceria formalizada em julho do ano passado, o grupo está finalizando estudos para aumentar a produção média atual de 30 mil toneladas para 2 milhões de toneladas/mês, nos próximos quatro anos, o que exigirá investimento de 2 bilhões de dólares na implantação de infra-estrutura e aquisição de novas tecnologias. A governadora Wilma de Faria assegurou apoio aos investidores, a quem recebeu em audiência na manhã de ontem.

Durante o encontro, o vice-presidente da Noble, Harry Banga, e o presidente da Mhag, Pio Egídio Sacchi, acompanhados de outros diretores do consórcio, expuseram à governadora Wilma de Faria o plano de expansão do empreendimento, que prevê, entre outras medidas, a construção de um terminal graneleiro no litoral de Porto de Mangue, a implantação de uma ferrovia e de um minerioduto para transportar o ferro extraído da Mina do Bonito, em Jucurutu, e de outras jazidas da região, até o terminal portuário, além de duas unidades de processamento, em Jucurutu e Porto do Mangue.

Apoio

Os empresários pediram apoio da governadora na agilização das licenças ambientais e em gestões junto ao governo federal para garantir a autorização para a construção da ferrovia e terminal, por onde o minério será exportado para países do Oriente Médio e Extremo Oriente.

É um investimento que vai gerar desenvolvimento e melhorar a situação econômica do Rio Grande do Norte, por isso temos todo o interesse de contribuir com esse negócioö, afirmou a governadora, prontificando-se a facilitar o contato do grupo empresarial com as autoridades federais. Wilma de Faria ressaltou o investimento que o governo está realizando em infra-estrutura viária, o que tem beneficiado o empreendimento, inclusive com a construção da ponte sobre rio Piranhas, em Jucurutu.

Utilizando-se da ajuda de um tradutor, Harry Banga deixou claro que os projetos citados devem ser concluídos nos próximos seis meses, prevendo que o aporte de recursos previsto no investimento possa ser iniciado já no final desse ano. O empresário Pio Sacchi esclareceu que o projeto é irreversível, destacando mais um ponto que favorece o Rio Grande do Norte entre seus concorrentes: a distância entre as jazidas de Jucurutu e o terminal a ser construído para exportar o produto é de apenas 125 KM, enquanto que nos outros centros produtores do país a menor distância verificada é de 500 KM. Adiantou ainda que, além de Jucurutu, a empresa está analisando novas reservas do minério em Cruzeta, Ipueira, Serra Negra e São João do Sabugi.

Os empreendedores convidaram a governadora Wilma de Faria para visitar os países que estão adquirindo o minério de ferro do Rio Grande do Norte, como Hong Hong e China, e conhecer a utilização que as siderúrgicas estão dando ao produto. A viagem ficou prevista para abril. A Mhag já investiu cerca de R$ 20 milhões para viabilizar a extração de ferro na Mina do Bonito, de onde já exportou 450 mil toneladas pelo porto de Suape, em Pernambuco, já que o de Natal não tem calado suficiente para atender suas necessidades. O empreendimento está gerando hoje cerca de 250 empregos diretos, mas a estimativa é de que o número de empregos chegue a 1.800 no auge da produção.

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