V&M investe para atender demanda das montadoras

A V&M do Brasil, fabricante de tubos de aço controlada pela franco-germânica Vallourec & Mannesmann Tubes, investirá R$ 218 milhões em 2005 para ampliar a capacidade de produção das linhas de sua usina, em Belo Horizonte, que atendem a indústria automotiva.

O plano dá continuidade à política de expansão iniciada pela empresa há quatro anos, período no qual já investiu R$ 500 milhões. Um dos objetivos é começar a exportar eixos para caminhões e trailers, hoje vendidos 100% no mercado interno, a partir de 2006.

Os investimentos acompanham o crescimento da indústria automobilística no país, diz Flávio Azevedo, diretor-presidente da V&M do Brasil. Ele estima que 80% dos recursos (cerca de R$ 175 milhões) serão aplicados na compra de máquinas e equipamentos no mercado nacional.

O plano da V&M inclui investimentos de R$ 150 milhões para ampliar de 200 mil para 300 mil toneladas/ano a capacidade do laminador de tubos abaixo de sete polegadas, usados na indústria automotiva.

Para acompanhar a ampliação na laminação, a V&M fará novos investimentos na aciaria, elevando a capacidade de produção de aço bruto da usina de 600 mil para 670 mil toneladas/ano.

O planejamento para o ano que vem também prevê desembolsos de cerca de R$ 40 milhões para aumentar a produção de trefilados como barras de direção, suspensões, rolamentos, juntas homocinéticas e eixos. A capacidade de produção na trefilaria passará de 60 mil toneladas/ano para 70 mil em 2005 e 80 mil toneladas no fim de 2006.

Outra linha da V&M que passará por expansão é a unidade de produção de eixos para caminhões e trailers, que tem capacidade de 17 mil peças/mês e opera no limite de sua capacidade. Segundo Azevedo, a expansão será feita levando em conta o desenvolvimento, no Brasil, de suspensões pneumáticas (suspensões modernas com maior capacidade de suportar torções).

“Hoje somos os maiores fornecedores de eixos integrais, sem costura, para a indústria de caminhões”, diz Azevedo. Entre os clientes, estão fabricantes como Mercedes-Benz, Dana, Randon e Facchini. Com a expansão, que irá requer investimentos de R$ 25 milhões, a V&M passará a produzir 35 mil eixos por mês. A meta da empresa é exportar, no mínimo, 25% da capacidade de produção de eixos a partir de 2006.

Em 2004, a V&M deverá comercializar volume recorde de 500 mil toneladas em produtos acabados, faturando cerca de R$ 1,5 bilhão, dos quais 25% corresponderão a exportações. Em 2003, a empresa registrou uma receita bruta de R$ 1,2 bilhão e um lucro líquido de R$ 221,3 milhões, o dobro em relação a 2002. A empresa já exporta tubos de condução (para gás e combustível) e de petróleo para América Latina e Estados Unidos, entre outros mercados. Azevedo prevê que 2005 será um ano de continuidade de bons negócios para o segmento de tubos de aço para a indústria de petróleo e gás.

Nesse segmento, a V&M possui laminador com capacidade para produzir 250 mil toneladas/ano de tubos com diâmetros entre 7 e 14 polegadas. É o nicho de mercado em que a V&M concorre diretamente com a Tenaris Confab, empresa do grupo Techint. “Nesse laminador temos capacidade de atender a demanda por seis ou sete anos sem novas expansões”, disse.

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